Quem trabalha com varejo sabe que um bom faturamento nem sempre significa bons lucros. Às vezes, o volume de vendas é alto, mas os custos envolvidos com certos produtos acabam consumindo uma parte considerável da margem — e é aí que mora o perigo.
O desafio está justamente em identificar quais produtos são realmente rentáveis para o seu negócio e quais apenas ocupam espaço, esforço e capital.
A boa notícia é que existem caminhos bem claros — e práticos — para entender a rentabilidade dos seus produtos. E, melhor ainda, com a ajuda da tecnologia, esse processo se torna cada vez mais acessível, mesmo para quem não é especialista em dados. Confira melhor sobre o assunto neste artigo!
Como um software para controle e gestão de varejo ajuda na análise de rentabilidade?
Você pode até tentar fazer tudo com planilhas, mas a verdade é que elas exigem muito tempo, são suscetíveis a erros e não te dão uma visão em tempo real. É por isso que cada vez mais negócios estão investindo em software para controle e gestão de varejo.
Esse tipo de sistema cruza automaticamente os dados de compras, vendas, estoque e precificação, gerando relatórios claros sobre o desempenho de cada item no seu mix.
Com isso, você consegue:
- Ver quais produtos vendem mais e quais encalham;
- Calcular a margem de lucro real, considerando impostos, custo de aquisição, comissões, etc;
- Identificar variações sazonais na demanda;
- Descobrir quais produtos impulsionam vendas cruzadas;
- Automatizar alertas para promoções ou ajustes de preço
Em resumo: você deixa de agir por “achismo” e passa a tomar decisões com base em dados reais.
Quais métricas avaliar para identificar os produtos mais lucrativos?
Saber quais produtos vendem bem é importante, mas não é tudo. Um item pode sair muito, mas ter uma margem tão apertada que não compensa o esforço. Por isso, é essencial olhar para as métricas certas. A seguir listamos as principais.
1. Margem de lucro bruta
Essa é a mais conhecida. Ela mostra quanto sobra para o seu caixa depois de pagar o custo direto de aquisição do produto. Fórmula básica: Margem bruta = (Preço de venda – Custo do produto) ÷ Preço de venda. Quanto maior a margem, maior a rentabilidade — simples assim.
2. Giro de estoque
De nada adianta um produto ter alta margem se ele fica parado no estoque por meses. O ideal é buscar equilíbrio: margem interessante com giro constante.
Produtos com giro alto e boa margem são os campeões da rentabilidade.
3. Margem de contribuição
Essa métrica considera não só o custo do produto, mas também os custos variáveis envolvidos na venda (frete, comissão, embalagem, etc.). É um bom indicador para entender quanto cada item ajuda a cobrir os custos fixos da empresa.
4. Ticket médio por produto
Se um produto sempre aparece em compras de alto valor, ele provavelmente influencia o aumento do ticket médio — e isso também conta como rentabilidade indireta.
5. Taxa de retorno e avarias
Produtos com alta taxa de devolução, troca ou perdas não são tão rentáveis quanto parecem. Esse custo “invisível” precisa entrar na conta. Com essas métricas em mãos, você começa a ter uma visão muito mais estratégica do que realmente traz lucro para o seu negócio.
Como otimizar o mix de produtos no varejo com base em dados?
Uma vez que você sabe quais produtos são mais rentáveis, o próximo passo é ajustar o mix. Isso significa priorizar os itens que dão resultado e repensar os que só ocupam espaço.
Veja algumas boas práticas para isso:
1. Classifique seus produtos em categorias estratégicas
Uma boa ferramenta é a análise ABC:
- A: produtos mais lucrativos e de alto giro – mantenha e invista;
- B: bons produtos, mas com desempenho médio – acompanhe;
- C: produtos com baixo giro e pouca margem – reavalie.
Essa classificação ajuda a saber onde focar.
2. Reforce os produtos mais comprados
Sabe aquele item que atrai clientes e faz vender outros produtos junto? Ele vale ouro. Às vezes, ele nem tem a melhor margem individual, mas funciona como “porta de entrada” para vendas mais completas.
3. Faça promoções com inteligência
Evite promoções baseadas apenas em data ou volume de estoque. Com os dados certos, você pode criar ofertas focadas nos produtos que têm boa margem e estão com giro mais lento, otimizando sua saída sem sacrificar a lucratividade.
4. Teste e ajuste constantemente
O comportamento de compra muda, a concorrência muda, o mercado muda — e seu mix também precisa mudar. Use os dados para testar combinações, ampliar ou enxugar linhas, e medir os resultados de forma contínua.
Por que investir em tecnologia é essencial para a gestão de varejo?
Vamos ser honestos: fazer tudo isso sem tecnologia é quase impossível. Você até pode tentar, mas vai perder tempo, correr riscos e provavelmente deixar de enxergar oportunidades.
Hoje, um bom software de varejo não é mais um luxo — é uma necessidade.
Com ele, você automatiza tarefas repetitivas, acessa informações em tempo real e toma decisões embasadas em dados concretos.
Outro ponto essencial: a tecnologia ajuda a reduzir o retrabalho e o erro humano. E no varejo, cada centavo conta. Um erro de cálculo na margem ou uma compra mal feita pode representar perdas significativas no fim do mês.
Conclusão
Identificar os produtos mais rentáveis no seu varejo é um passo essencial para garantir o crescimento do negócio e manter a saúde financeira em dia. E isso não precisa ser um bicho de sete cabeças.
Com as métricas certas, uma boa análise de desempenho e o apoio da tecnologia, você consegue enxergar com clareza quais itens valem a pena, quais precisam ser repensados e onde estão escondidas as melhores oportunidades de lucro.
Comece hoje mesmo a olhar para os seus produtos com um novo olhar — e veja como isso pode transformar o seu resultado no fim do mês. Gostou do conteúdo? Compartilhe com outros gestores de varejo e ajude mais negócios a tomarem decisões mais inteligentes e lucrativas!